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Todo governo aspira estabelecer a ordem no país. Acontece que a História é que estabelece os caminhos a seguir. O passo das multidões não segue ordem unida militar. Os momentos históricos é que guiam seu destino.

O atual momento histórico mostra dois retratos gritantes a caracterizar nossa época. A desigualdade e o atraso. Muitas tem sido as tentativas de resolver as desigualdades do Mundo. Ao mesmo tempo a chegada da Era do Conhecimento nos leva a discutir o atraso. Estamos entre o infanticídio e a burrice.

– Qual o timão a resolvê-los simultaneamente?

A civilização chega a sua quarta revolução industrial. Após a revolução científica do século 16 sucedeu a 1ª revolução industrial no século 18 (vapor), a 2ª no século 19 (eletricidade), a 3ª no século 20 (telecomunicação), e agora, entramos na revolução digital. Qual mudança significativa aconteceu? Chegaram para resolver a desigualdade e o atraso?

A História é um rio que escoa mudando de direção. Chegamos a Era do Conhecimento. Ela muda o curso da visão iluminista e nos coloca diante da economia do conhecimento. Os dias atuais nos levam a relacionar conhecimento com capital. Os que não entenderem esse novo curso arriscam-se a um revés econômico. Nos dias atuais as soluções para a desigualdade e o atraso devem estar na economia.

Muitos depositam suas esperanças no progresso. Acontece que o progresso não resolve. Atenua. A desigualdade e o atraso são questões mais profundas. Ligadas a psiquê humana. Ao seu carma. A dialética com que o Mundo debate seus problemas. Antes da economia deve vir a dialética.

Por isso, necessitamos entender a Era do Conhecimento dentro de um novo quadro filosófico. Caracterizar uma dialética a introduzir o conhecimento como o novo elemento da História. Essa é a nova ordem a ser entendida. A de que o conhecimento, trabalho e capital devem andar politicamente juntos. Entretanto os historiadores gostam de se esquecer da presença do conhecimento.

Há um Mundo Novo a ser explorado. Estamos diante de um novo horizonte. A questão não é ser liberal ou socialista, mas, como participar de uma Era do Conhecimento que transita do iluminismo para a economia do conhecimento. Momento quando a relação capital-trabalho do século 19 cede a integração entre trabalho-conhecimento-capital.

A História no século 21 traz uma luta de poder sobre quem vai comandar a próxima revolução industrial. Diferentes campos de conhecimento, como redes 5G, inteligência artificial, painéis solares, computadores quânticos, física da luz, estão em jogo. Entretanto a liderança na indústria de tecnologia não está apenas baseada na indústria criativa e na capacidade de investimento em pesquisa, como na existência de um mercado consumidor.

Aí é que entra de sola a dialética do conhecimento. A sua proposta não se resume em simplesmente ir além do iluminismo e criar uma relação conhecimento-capital. O seu dogma está em considerar que sem consumo não há criação. A nova relação está em que só produz tecnologia quem consegue vendê-la. Enquanto Einstein uniu espaço-tempo a dialética do conhecimento criação-venda. Uma não existir sem a outra.

O novo paradigma está em que sem vendas não há criação. Por exemplo, atualmente está em jogo o desenvolvimento e domínio da quinta geração de tecnologias móveis, o 5G. Considerada a espinha dorsal da transição digital de economia. A possibilidade de internet das coisas, veículos autônomos, inteligência artificial etc. A colocação atual é a de quem primeiro chegar lá conseguirá acessar mercados virgens capazes de financiar seus projetos em pesquisa e desenvolvimento.

Os economistas estipulam ordem e progresso através de crescimento econômico e emprego. Falta acrescentar que sem Dialética do Conhecimento não geraremos riqueza agregada. Esse é o novo hino. O de participar da Era do Conhecimento com inovação e comércio. Caso contrário, nos tornaremos primatas produtores de matéria-prima e consumidores de produtos acabados.

Essa é a lição a ser aprendida. O Brasil se quiser vivenciar um novo crescimento econômico terá que entender as novas premissas da dialética do conhecimento. Não basta desenvolver tecnologia de refino de petróleo se não armar um mercado capaz de comprá-la. Essa é a nova dialética da ordem e progresso. A nova ordem unida a conduzir o país.

Por MELK

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